Súplica pela Bênção Divina . Constantemente somos instruídos a buscar pelas bênçãos divinas, a anelar para que Deus nos dê sua graça e nos abençoe. O problema se dá que, muitas das vezes, nós as pedimos mas pedimos com o objetivo errado; afim de satisfazer nosso próprio eu e gloriar a nós mesmos somente.
Enquanto cristãos já entendemos que a bênção maior já nos fora dada, que é o filho de Deus que morreu em nosso lugar; mas o que precisamos entender é o porquê de Deus nos conceder essa e outras bênçãos, qual o real objetivo dessa atitude. É sobre isso que o Salmo 67 se trata e é sobre isso que estaremos discutindo no artigo de hoje.
Salmos 67 – Súplica pela bênção divina. Ao regente do coro: com instrumentos de corda. Um salmo para cantar.
1.Que o Eterno nos conceda sua graça e nos abençoe, e que faça sobre nós resplandecer a sua face, 2.para que sejam conhecidos na terra o teu Caminho, a tua Salvação entre todas as nações. 3.Ergam-te graças todos os povos. Que todas as nações louvem a Ti. 4.Alegrem-se e exultem as nações, pois governas os povos com retidão e reges na terra todos os povos. 5.Louvem-te os povos, ó Deus; que te exaltem todas as nações! 6.Possa, então, a terra produzir em abundância seus frutos, possa o Eterno, nosso Deus, nos abençoar. 7.Sim, possa Ele nos abençoar e ser reverenciado e temido até os confins da terra! (Salmos 67)
A Divisão do Salmo 67
Ao estudarmos esse salmo percebemos que ele possui uma estrutura bem simples, a mensagem principal do salmista se divide em 3 partes. Na primeira parte, que contêm apenas o verso primeiro, ele apresenta qual o seu pedido a Deus e de forma bem direta o explica.
Na segunda parte ele introduz a razão pelo qual ele faz súplica pela benção divina. Por fim, na terceira parte, ele conclui a ideia que iniciou na segunda parte e finaliza o salmo.
O Pedido
Na primeira parte do salmo, o salmista realiza um clamor a Deus e pede por coisas: Pela graça, pela benção e pelo brilho do Senhor.
Seu primeiro pedido já infere a ideia de que o salmista é pecador e reconhece isso, devemos entender que ele não se apresenta como um homem justo, de forma alguma!
Antes, ele reconhece seu pecado e pede a Deus, antes de qualquer coisa, por graça, entendendo que independentemente do que ele peça a seguir, ele não é digno e se ele receber é por graça divina.
Logo após isso, o salmista clama para que Deus abençoe, e por mais que essa palavra possa soar genérica, abençoar traz consigo o sentido de dar vida, de dar plenitude.
Não se resume apenas a coisas secundárias, mas fala diretamente ao essencial da vida. Ele não está clamando para que Deus o encha de coisas secundárias, mas sim daquilo que é mais importante.
Por fim, ele roga para que Deus resplandeça sua face sobre ele, justamente em um conceito de estar com o rosto virado para ele. O salmista está pedindo para que Deus o acompanhe, onde quer que ele vá.
Vale ressaltar também a coletividade do Salmos, visto que o salmista trabalha no plural, mostrando que ele não apenas deseja ser abençoado, mas que está orando para que as pessoas próximas dele também sejam.
A Razão
Já conectando com a ideia de coletividade, o salmista agora está a nos apresentar o motivo pelo qual ele ora pelas bênçãos divina; e de forma direta ele explica que pede para Deus o abençoar, afim do nome do eterno se fazer conhecido sobre a terra.
Em sua pequenez, o salmista compreende que Deus trabalha para sua própria glória e para seu próprio louvor, visto que ele é digno de tudo isso. Por esse motivo então que ele clama para que Deus o abençoe, para que os outros povos vejam que ele é um Deus bom e se dobre diante dele.
Anunciando a graça do Eterno ele pede para que as nações e os povos o glorifiquem, pois ele é supremo e rege soberano sobre tudo e todos.
A Conclusão
Nos últimos 3 versos (5,6,7) do salmo, temos um grande convite para que os povos louvem e exaltem a Deus, assim como a conclusão de toda sua ideia, a de mostrar que Deus é grande e digno de toda honra e louvor, até mesmo as bênçãos que ele concede aos seus filhos é no intuito dele ser glorificado.
Aplicação Prática
Muita das vezes somos tomados pelo orgulho e nos aproximamos de Deus de forma pretenciosa e como crianças teimosas pedimos para que ele nos abençoe, porém com o intuito errado.
Clamamos a ele de forma egoísta, afim de satisfazer a nós mesmos, roubando a glória que é de Deus por direito.
Muitas vezes não somos agraciados por Deus, nos vemos sem bençãos e sem brilho, isso acontece devido a forma com a qual pedimos a Deus; que ao invés de nos aproximarmos humilhados por sua glória e constrangidos por sua beleza, nos prostramos com um coração arrogante, esse que a bíblia nos declara que Deus rejeita.
No entanto, que façamos como o salmista, que peçamos a Deus por virtude; não a fim de glorificar a nós mesmo, mas no intuito de seu nome ser glorificado somente!
Que o Senhor ilumine seus passos!